BAUMA 2025 reforça inovação como resposta global à escassez de mão de obra na construção civil

Em Munique, feira internacional aponta caminhos para industrialização, automação e soluções sustentáveis frente à redução de profissionais qualificados no setor.

Autor: Marketing Parkes

5/6/20252 min read

Realizada a cada três anos, a BAUMA, maior feira mundial da construção civil, mineração e máquinas pesadas, reafirmou em sua edição de 2025 o papel de termômetro global da construção civil.

Com mais de 3 mil expositores e centenas de milhares de visitantes de todos os continentes, o evento apresentou uma visão clara: a inovação será decisiva para enfrentar os principais desafios do setor, especialmente a crescente falta de mão de obra qualificada.

Na ocasião, as maiores empresas do mundo exibiram tecnologias voltadas à automação, à construção modular e à sustentabilidade, mas um tema se destacou entre líderes e especialistas: o setor precisa acelerar a adoção de soluções que tornem os canteiros de obras mais eficientes e menos dependentes de trabalho intensivo.

Crescente busca por inovação e tecnologia – Reunindo mais de 600 mil visitantes em Munique, o evento trouxe inovações voltadas à construção modular, uso de inteligência artificial, automação de processos, sustentabilidade e digitalização.

E teve como um dos temas centrais, a crescente busca por tecnologias que exijam menor intervenção humana direta nos processos operacionais. A adoção dessas soluções está diretamente conectada à competitividade e à segurança nas obras. A construção civil global precisa encarar a inovação como parte de sua estratégia.

Contexto brasileiro – No Brasil, a escassez de mão de obra qualificada na construção civil tem se intensificado nos últimos anos.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Portal AECweb em parceria com o Sienge, 96% das empresas do setor enfrentam dificuldades para contratar profissionais qualificados.

Os principais obstáculos apontados são a falta de qualificação (84,1%) e a escassez de profissionais em geral (58,8%). Além disso, a baixa produtividade (50,8%), alta rotatividade (42,4%) e custos elevados (24,9%) também contribuem para o cenário desafiador.

O que vemos na bauma é um reflexo do setor no mundo: construtoras, projetistas e fornecedores de soluções estão sendo desafiados a entregar mais com menos. Menos tempo, mais responsabilidade ambiental, menos retrabalho, menos dependência de mão de obra intensiva. Essa transformação é inevitável e passa pela tecnologia. 

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